Precisamos conversar sobre uma coisa muito séria!
- Cristian Dal Solio
- 5 de dez. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de dez. de 2019
Nos anos 60 havia uma pichação que estampava a seguinte frase “CLAPTON IS GOD” (Clapton é deus), isso se dá ao fato da maneira como ele se expressava através de sua guitarra, então, se Clapton é um deus, o que podemos dizer de sua guitarra Fender Stratocaster preta com escudo branco, carinhosamente batizada de “Blackie”. Sim ela tem um nome, aliás, toda guitarra lendária tem um nome, a Blackie foi construída unindo partes distintas de 3 guitarras fender, fabricadas nos anos 50 pelo próprio Leo Fender, que Eric tocou e selecionou a dedo, visando ter sua própria e única Strato perfeita.
Depois de se consagrar como um dos melhores guitarristas de Blues-Rock e ter passado pela maioria das banda inglesas, que eu sempre admirei; Yardbirds, Jonh Mayall and Bluesbreakers, Cream e ser o responsável por um dos solos mais lindos já feitos, que se pode ouvir em “Whille my guitar gentle weeps” dos Beatles, ele abandonou o uso das guitarras Gibson e partiu para as Fenders. A Blackie foi montada em 1973 e só parou de acompanhá-lo nos anos 90 por conta do desgaste no braço, vale muito a pena ouvir a versão ao vivo de “I shot the sheriff” de 1974 (segue o link https://www.youtube.com/watch?v=fX-r7NCh0ew). Em 2004, a Blackie original, foi leiloada pela bagatela de $ 959.000,00, nada mais justo.
Agora vamos falar do que realmente importa, a Fender Stratocaster signature Eric Clapton Blackie MADE in USA ano 2008, que mora aqui no estúdio da Fábrica Sonora. Aspectos técnicos:
Corpo Alder
Braço e escala maple
Tarraxas c/ trava fender USA vintage
Ponte tremolo fender USA vintage
Captadores noiselles vintage + sistema Booster e preamp.
1. Vol.
1 tone(tbx)
1 tone(booster preamp)
Chave seletora 5 posições
Admito que quando ela chegou eu fiquei literalmente babando, ela tem um som vintage mas com algumas tecnologias muito legais, o booster que fica no tone faz dela uma strato ainda mais versátil, tendo; desde o característico timbre estalado da fender até aquele som mais cremoso que eu particularmente gosto muito... e para ser bem sincero, no disco que gravamos com a Los Marias, eu usei ela em quase todas as faixas, além da tocabilidade e da versatilidade, uma das coisas que me deixou de boca aberta foi a sensibilidade e dinâmica dos captadores, que respondem prontamente a qualquer tipo de palhetada.
Sendo assim, me despeço dizendo que me senti o próprio Clapton com ela nas mãos e que você pode se sentir assim também.
Ihago Jury
RP Fábrica Sonora
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